Desde 2006 que o futebol do São Paulo não enche os olhos em todas as partidas.
É um time pragmático e com uma consciência tática que beira à chatice, porém resolve.
É sempre a mesma história: o Muricy estuda, mas estuda até a exaustão seu adversário. Assiste todos os VT’s possíveis e imagináveis dos próximos oponentes, seja o da rodada seguinte ou os que estão por vir. Como ele mesmo diz:
“A coisa que eu mais gosto de fazer é assistir futebol meu filho.”
E rodada após rodada, mesmo que não apresente um futebol primoroso o Tricolor paulista sai com suas vitórias. Sejam elas pelo placar mínimo ou mais elástico. Isso varia de acordo com a inspiração do goleiro adversário ou pontaria do ataque.
Quando nem Borges e Washington marcam, lá vem Hernanes, Jorge Wagner, Hugo.
Se nem eles resolvem, a zaga deixa seus gols. Se André, Rodrigo e Miranda não estão com a pontaria afiada lá vem o capitão e gol neles!
E o que faz do São Paulo um time tão competitivo, tão difícil de ser batido? Estrutura? Planejamento? Salário em dia? Sim! Isso ajuda e muito com certeza mas, se tem algo que é bonito de se ver é a movimentação do time em campo, e ela ganha muitos jogos.
O time se movimenta quase que num esquema de futsal. Se a bola está com o adversário lá vai o time inteiro para este lado. Se o adversário vira o jogo, enquanto a bola está no ar o time já se posicionou.
Obs.: quando está com a bola faz esquema de goleiro linha empurrando o time adversário para seu próprio campo. Dois zagueiros abrem bloqueando os laterais oponentes e o outro faz a vez de 1º volante; RC fica na sobra como um líbero e, uma linha de 5 se forma a partir no meio do campo. Os atacantes só esperam a melhor chance enquanto a bola ronda a zaga adversária. Coisa linda!
Adaptado de outro esporte também é o sistema de marcação do São Paulo.
Como no basquete é sempre 2-to-1 e tem a participação de todos os jogadores do time. Impreterivelmente o jogador adversário que está com a bola (isto desde os tempos de Mineiro e Josué) tem pelo menos dois são paulinos em sua marcação: um dá combate e outro rouba a bola. Simples assim.
Adversário estudado, marcação imposta é a hora do bote! E não é de hoje que o São Paulo se mostra impecável nisto. Rápido e matador, assim como no basquete, assim como uma verdadeira cobra!
Domingo contra as porcas fosforescentes foi a mesma coisa de praticamente todo jogo. Uma bola; é tudo que nós precisamos. Arouca toma a bola e passa para o melhor camisa 10 do Brasil. E aí já viu: de Hernanes para W9 e dele pro fundo da rede.
E poderia ter sido mais se Dagol não estivesse com tanta fome de bola…rs.
Mais três pontos e mais um jogo vencido.
Diego Honorato é são paulino, publicitário e feliz ganhador de algumas caixinhas de cerveja vindas diretamente do Palestra Itália! hahahahah