Continuando, para tentar aliviar a pressão do embate de gigantes no blog, vem a série fashion mais macho do mundo. Damos seguimento à exploração das maluquices inventadas pelos tais departamentos de marketing e suas respectivas fornecedoras de material esportivo.
Corinthians
Um dia, durante a campanha “árdua” do Corinthians na série B, algumas pessoas resolveram levar a sério a expressão “corinthiano roxo”. E numa tentativa de ganhar mais dinheiro com o que eu chamo de rebaixamento mais lucrativo da história, criaram a camiseta roxa do Timão.
Um choque para alguns corinthianos verdadeiramente roxos por dentro, mas totalmente alvinegros por fora. Roxo nunca foi a cor do clube. Aos poucos, apoiados na força do time para voltar à primeira divisão, o uniforme foi aceito. Virou terceira camisa e agora em 2009, a camisa está de volta.
Tratada como uma adaptação da primeira camisa, a vestimenta ganhou um cara, digamos, internacional. Com o surgimento de listras pretas verticais, a camisa adotou um ar Inter de Milão de ser, e detalhes em dourado (nota: falaremos sobre a apelação de detalhes dourados em uniformes de 2009 no próximo post), como o logotipo da patrocinadora Batavo.
Mas engana-se quem imagina que o Corinthians parou com a adaptação das maluquices por aí. Não bastasse tentar repaginar a camisa roxa, o Timão foi atrás daquela que considerou uma das melhores ideias do clube: a camisa-carômetro.
Baseada na premissa de vender a 400 fanáticos pelo time um espaço para aplicação de sua foto no peito dos jogadores, o clube lançou em 2009 a segunda edição da camisa “3×4”. Mais alguns muitos pagaram a bagatela de R$1000,00 e estamparam seu RG na camisa dos atletas. Peço que prestem muita atenção na foto, cliquem nela para ampliar. É imperdível ver os rostos adeptos de tal ação de marketing.
Para completar, um detalhe que não passa despercebido. O uniforme do Corinthians atual, versão preta e branca, conta hoje com mais anunciantes que os classificados Primeiramão. São exatamente 6 marcas a estampar a camisa alvinegra. Que continue rendendo bons frutos ao time (Roberto Carlos?)
Flamengo
O Flamengo passou por poucas mudanças em 2009 em relação a seu uniforme. Apesar da separação de 25 anos com seu principal patrocinador, que levou o time a jogar muitas rodadas com o uniforme limpo, e do rompimento do longo contrato com a fornecedora de material esportivo, o Flamengo conseguiu manter o padrão decente de sua camisa.
Mas por que o Flamengo está nesta lista então? Simplesmente porque na maioria das vezes, o desespero leva as pessoas (e as empresas) a trocar os pés pelas mãos. Perto da decisão do clube de não renovar o contrato, a Nike tentou uma última vez impressionar a torcida rubro-negra com uma nova versão da camisa. Surgia a camisa Freddy Kruger.
Alguns vão dizer que esta camisa foi lançada no ano passado, mas foi no fim do ano e ficou tempo suficiente para ser lembrada ainda em 2009. Lançada no jogo contra o Coritiba, o time perdeu por 1 a 0, e além dos torcedores já não gostarem muito de sua aparência, deram à vestimenta o estigma de azarada.
Bastou dizerem isso e Kleber Leite avisa a todos que a camisa estaria aposentada. Isso mesmo, aposentada. Depois de perceber que aquele time perderia até mesmo vestindo a armadura de ouro de sagitário (momento piada nerd), a camisa foi trazida de volta pelo presidente Marcio Braga. O problema era que a camiseta tinha listras demais, e lembrava o horrendo personagem Freddy Kruger, ganhando piadas em tudo quanto foi site esportivo. Depois de algum tempo, com a Nike fora da jogada, o Flamengo conseguiu o acerto com a Olympikus, que trouxe ao time uma nova maneira de se vestir o manto sagrado, mais morderna e mais bonita.
Fiquem de olho que voltaremos a discutir o assunto, trazendo os purpurinados dourados Inter e Sport.
Fellipe dos Santos, o Phill é flamenguista, e colabora sempre que pode pro Fla&News